Decidi publicar no blog, o que tem sido um hobby estranho, durante meu turno de trabalho a noite, sempre conheço pessoas diferentes e logo que isso começou a me chamar atenção comecei a escrever sobre as mais singulares, aquelas que de alguma forma serão lembradas para sempre por algum motivo qualquer. Assim como o que as leva até meu balcão, e o pior é que no meu balcão nem tem aquele i de informações. rsrsrs
Certa noite uma senhora com um sotaque estranho, enrolada em
um lenço e com um travesseiro verde na bagagem, me pediu informações de quanto
custava o táxi do aeroporto até um bairro na capital, eu não fazia ideia, e
então informei onde ela poderia conseguir essa informação. Mas ela seguiu me
pedindo para ligar para o filho, é sempre comigo que acontece isso, então fiz a
ligação e do outro lado da linha uma
criança atende.
Pergunto do pai, um nome difícil de pronunciar, mas tudo
bem, a criança entendeu, e respondeu que o pai estava viajando pedi para falar
com a mãe, e então ele saiu correndo dentro de casa gritando pela mãe, quando ela me atendeu
achei estranha parecia assustada, contei a ela que a senhora estava em minha
frente perguntando se o filho viria buscá-la, eu senti uma coisa estranha na minha
cabeça os moveis, a sala a casa daquela mulher do outro lado da linha estavam
se desenhando, e o tom de voz apavorado dela só piorou quando terminei de
falar.
Ela me perguntou em que aeroporto estávamos, e pediu para
falar com a senhora.
Passei o telefone, e após uns minutos de conversa, a senhora
segue me contando sua vida, mãe de 4 filhos morando no Brasil a 46 anos vinda
da Palestina, e estava em SP pronta para ir visitar uma das filhas que mora lá,
mas foi barrada no aeroporto, por que seu passaporte estava para vencer em um
mês e oito dias. Ela usou todo dinheiro que tinha para comprar outra passagem
de SP para Curitiba, algo em torno de R$450,00, e não sabia se conseguiria
pagar um táxi pois só tinha R$100,00 na bolsa.
Ao terminar de falar com a nora de nome brasileiro e que
pelo visto não estava se agradando do retorno repentino da sogra ela me pede
para mostrar onde pega o táxi, que o filho falou com a nora e mandou deixar
dinheiro para ela. Indico a direção e ela segue empurrando suas malas e o
travesseiro verde, se despedindo me abençoando, e agradecendo.
(P.)ricila Fontoura
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