Meu eu infinito...

Existe algo dentro de mim, algo que empurra que torce que me enche de um fervor, ás vezes dor, ás vezes frio, às vezes medo. 
Não sei de onde vem, nem desde quando carrego em mim essa outra força que diz não, que não aceita que não entende que me perde e quando encontra um meio, uma brecha se quer transborda em linhas tortas e deixa ir todo esse medo que habita em mim.
E eu escrevo sim, até palavras doces cheias de amor brotam de mim, quando a chuva toca meu interior, eu fecho os olhos, em dias tristes, e ao cair das lágrimas, as frases se formam, eu perco o tempo, eu perco o chão perco a noção.
Eu faço versos, rabisco notas, risco palavras e exponho assim o que dói no âmago do meu eu perdido em sentimentos tortuosos. E se me faltar papel, tem sempre um pedaço de chão, parede ou móvel á disposição.
Às vezes não cabe em mim esse sentimento que aflora sem avisar, não tem hora marcada e bate forte, vem com tudo, deixando-se expulsar em letra de forma ou corrida, até tudo se acalmar.
E ao fim de tudo não há um ponto final, existe um eu fora de mim que me assombra, me estremece, me persegue e me expõem linha após linha. Trás lágrimas e sorrisos, levando embora o tal nó do peito, e o estranho peso da alma, materializando palavras simples de um livro infinito chamado vida, traduzindo medos, sentimentos, amores e mágoas abrindo um novo capitulo a cada dia... 

By:(P.)